quarta-feira, 7 de outubro de 2020

Comentário a respeito da reforma administrativa

 Fala, pessoal, blza? 

Os concursados e concurseiros em geral estão em polvorosa por causa da tal reforma administrativa proposta pelo Bozo, a PEC 32/2020. Ainda nem tirei uns minutos para lê-la e, portanto, não tenho opinião formada a respeito. 

Pelo que sei, a reforma pretende operar inúmeras alterações no serviço público, especialmente na relação dos servidores ocupantes de cargos efetivos (os concursados).

Se alguém pretende dar uma olhada nos pontos dessa PEC, recomendo olhar essa matéria no site do Senado.

Pelos relatos que vi, parece que têm coisas bem exageradas na proposta, talvez seja aquele lance de pedir 800 pra levar 80, vamos ver.

O fato é que, conforme sempre falo aqui no blog, a tendência inevitável é a de aproximação das condições de trabalho do setor público com o privado, pelo menos nos cargos mais operacionais, especialmente, mas não exclusivamente, os do executivo, estou falando de menores salários, menos vantagens, menos concursos e vagas, mais cobrança por resultados etc. 

Digo mais, os próximos anos serão bem complicados pra todos do setor publico em geral (exceto pros topo de pirâmide - juízes, promotores etc), esqueçam reajustes, concursos com trocentas vagas etc.

Talvez a gente presencie até um excesso de retiradas de direitos num momento inicial, para então se atingir um equilíbrio. O fato, na minha visão, é: as sinecuras serão cada vez mais raras. Os bons cargos ficarão ainda mais disputados, portanto, se vc pretende ocupar um desses, prepare-se ainda melhor.

Sim, estou dizendo que não vai ser o fim do serviço público como estão alardeando alguns.

Dessa forma, a cada dia temos a confirmação da extrema importância de nós funças não fazermos dívidas, de nos controlarmos financeiramente e principalmente de aportar uma parte expressiva da remuneração visando atingir uma tranquilidade financeira o mais breve possível.

Eu já estou bem próximo do passo 5 do roteiro acima (24 meses de salário em ativos geradores de renda), e vc?

Abraço e por enquanto é só isso.

quinta-feira, 18 de junho de 2020

Lobo solitário ou de matilha, quem é você?

Fala, meus considerados, como estão as coisas? Espero que bem.

Nesses tempos de quarentena e reclusão domiciliar, tenho ficado mais tempo sozinho do que de costume. Em função disso, me vi fazendo vário devaneios sobre meu relacionamento com outros chimpas.

Em geral, costumo me dar bem na companhia de outras pessoas, seja no trabalho, num evento social qualquer ou onde for. Não tenho dificuldade de trocar algumas palavras coisa e tal. Ocorre que com o passar dos anos venho ficando cada vez menos paciente para os papos rasos, a small talk dos americanos.

Como consequência, tenho preferido estar na companhia de poucas pessoas ou de nenhuma. O que mais me chamou atenção, porém, foi que tenho abusado mesmo das melhores companhias, seja da família, de amigos próximos e inclusive da minha namorada.

Nós não moramos na mesma cidade, nos vemos nos feriados ou finais de semana, chegamos a ficar umas duas semanas sem nos ver pessoalmente. Eu gosto dela, da companhia, das conversas, daquelas coisas legais que casais fazem ( ͡° ͜ʖ ͡°), enfim, não tenho nenhuma reclamação específica a fazer. 

A despeito disso, quando passamos um período maior juntos, duas semanas ou algo assim, já começo a sentir vontade de ficar sozinho de novo, me isolar em casa, ver minha TV, fazer minhas coisas ou nada etc. 

Nunca conversei sobre isso com ela, tenho um pouco de receio que ela interprete mal e pense que eu abuso da companhia dela, o que não é o caso. Eu apenas sinto falta da minha solitude:

“A linguagem criou a palavra solidão para expressar a dor de estar sozinho. E criou a palavra solitude para expressar a glória de estar sozinho” (Tillich)

Com certeza isso não seria algo simples de entender para uma mulher apaixonada que namora a distância e que, afinal, nem passa tanto tempo assim junto de mim. 

Fico me indagando se eu nasci para ser um lobo solitário, não um de matilha. Ou será que eu devo buscar uma solução intermediária, tipo mesmo após o casamento cada um ter sua casa? 

Sei que por aqui tenho leitores solteiros reclusos, casados, divorciados, baladeiros, comedores de primas e tudo mais, por isso gostaria de perguntar: como vocês lidam com a necessidade de estar sozinho? Vocês acham que é possível uma pessoa que gosta de outra, mas também de estar só manter um relacionamento sexual-afetivo monogâmico no longo prazo?

Eu tenho minha opinião pessoal, mas gostaria muito de ouvir a de vocês.

Abraço e fiquem com Deus!

quinta-feira, 4 de junho de 2020

Estou vivo

Boa noite, velhos companheiros. Não, o Concursado Investidor não morreu de covid. 

Estou trabalhando em casa desde março, agora tendo tanto tempo livre não estou arrumando tempo para postar nem acompanhar os blogs dos camaradas.

Estou vivendo como uma avestruz com a cabeça enterrada no buraco, evitando ao máximo saber sobre as últimas nutiças.
 
Não tenho nada de novo para relatar, minha vida segue praticamente igual, com a singela diferença que eu não preciso mais sair de casa para trabalhar. Espero que após essa pandemia o teletrabalho ganhe ainda mais força lá no tribunal.

Vou pensar em algo interessante para comentar com vocês, tenho alguns posts em rascunho, talvez eu consiga finalizar algum em breve.

Abraço e fiquem com Deus!

terça-feira, 10 de março de 2020

Circuit break 03/2020: eu fui!

Fala, pessoal!

Como todos devem estar sabendo, ontem rolou um circuit break na nossa amada e querida B3. Anal-listas tão dando como justificativas o coronavirus e uma treta do petroleo entre a Rússia e a Arábia Saudita.

Esses acontecimentos servem para lembrar-nos de que RENDA VARIÁVEL VARIA, se só subisse seria "renda-que-só-varia-pra-cima", ou "renda subível", ou renda fixa sem marcação a mercado.

Quem fica incomodado com uma beliscadinha dessas, é melhor não colocar grana em renda variável. Fica na poupança que vai perder menos, como diz o cachorrão Bastter.

Pelo que vi da minha lista de blogs, NINGUÉM soltou a franga com o acontecido, talvez ainda não deu tempo apenas. Fiquei orgulhoso de não ver nenhum companheiro de jornada em busca da tranquilidade financeira se descabelando por uma coisa aparentemente tão irrisória e PROVAVELMENTE passageira.

Apenas gostaria de avisar que além da manada 1, que vende no fundo em pânico, tem a manada 2, que acha que queda é oportunidade de aumentar posição, comprar ação em promoção, black friday de ativos e mongolices do gênero.

Pessoal, é muito arriscado tentar aparar uma faca na queda. Deixa essa merca cair, depois você pega!

Ninguém sabe até onde vai cair. Mantenham o plano. Ter alguns poucos lotes de ações ou cotas de FII's compradas por 80 ou 90% do preço anterior não vai fazer absolutamente nenhuma diferença para o seu patrimônio no longo prazo.

Cada vez mais eu concordo com o cachorrão, quanto menos acompanhar, quanto menos tentar ser O escolhido que vai acertar o timing perfeito, maiores as chances.

My 2 cents.

Abraços e fiquem com Deus!

Edit: acrescentando uma imagem para responder uma baboseira que um anon comentou:



P.s.: RADL já tá acima dos R$ 100.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

Não é uma tragédia

Fala, Confrades. Passando para deixar uma mensagem dessas típicas de coach e pensadores de facebosta que volta e meia me vem à mente, especialmente em momentos conturbados. Espero que apreciem.

Feliz 2020!

Essas coisas acontecem. Um jovem adoece no verão. Um senhor é atropelado por um taxi. A biópsia aponta que o tumor é maligno. Essas coisas acontecem todo dia. E todos os dias saímos de casa achando que jamais acontecerá conosco. Uma doença leva embora um pai. O médico comunica um exame preocupante. Uma moto atravessa um sinal fechado. Todos os dias isso acontece. E todos os dias nossos planos são os mesmos. Trabalho, almoço, trabalho, jantar. 
Não acho que seja uma tragédia quando essas coisas acontecem com a gente. Dizemos: “Que tragédia! Morreu tão cedo!". Não acho que seja uma tragédia. Acho que a vida é um amontoado de caos e coincidência. Acho que hoje estamos aqui e amanhã não estamos mais. Uma tragédia é não agradecer por esse tempinho que estamos aqui. Uma tragédia é não valorizar a vida em família. Uma tragédia é trocar o sorriso do nosso filho pelo celular. Um passeio em família pelas preocupações do trabalho. 
Uma tragédia é não abraçar as pessoas hoje. Uma tragédia é passar a vida em branco. Uma tragédia é achar que um dia vamos ser felizes, não hoje. Uma tragédia é achar que não vai acontecer com a gente. E a vida vai ficando pra depois. Um dia eu mudo de emprego. Um dia eu digo que gosto dela. Um dia eu faço uma viagem. Um dia eu vou ser voluntário nesse projeto. 
Não acho que seja uma tragédia uma jovem cheia de planos descobrir uma doença grave. Acho uma tragédia quando aprendemos a valorizar o que temos só depois de perder. Acho uma tragédia não termos ido ainda para aquela viagem dos nossos sonhos. Acho uma tragédia viver de aparências. Acho uma tragédia ter comprado coisas achando que isso seria felicidade. Acho uma tragédia trabalhar em algo que você odeia. Acho uma tragédia você passar a vida brigado com alguém. 
A morte não é uma tragédia. Tragédia é quando a gente não viveu.
Autor: Marcos Piangers